<i>Recomeço com novas ameaças </i>
Decorrerá no dia 14 de Julho, em Estrasburgo, a tomada de posse dos novos deputados eleitos para o Parlamento Europeu, que iniciará, então, formalmente, as suas funções, embora estejam a decorrer, em Bruxelas, reuniões de trabalho dos diversos grupos políticos, visando a preparação da sessão plenária. Do que já se conhece, parece não haver acordo entre os maiores grupos políticos para que decorra também nessa sessão a eleição do presidente da Comissão Europeia, pelo que Durão Barroso e a actual Comissão deverão manter-se em funções até Outubro.
Mas já se conhece o programa de trabalho da nova presidência sueca do Conselho da União Europeia, cujo mandato se iniciou no passado dia 1 de Julho e se prolonga até ao final do ano. Este programa constitui uma peça perigosa do aprofundamento das políticas neoliberais, reflectindo uma autêntica fuga para a frente dos líderes do capitalismo na União Europeia, esquecendo que as suas políticas são a principal causa da crise económica e social que estamos a viver.
Um programa anti-social
Nesse programa assumem particular destaque as políticas da livre concorrência nas mais diversas áreas, incluindo nos serviços, no comércio externo, na tentativa de alargar a dita «Estratégia de Lisboa» às relações externas, para pressionar países terceiros a desmantelar os seus serviços públicos, abrindo caminho à entrada das multinacionais europeias em áreas de negócio fácil e lucrativo, como a água e a saúde, em qualquer parte do mundo.
Aí se afirma que «os mercados de trabalho que funcionam bem, com sistemas modernos de protecção social, facilitam a reconversão das empresas e dos particulares», clarificando que pretendem um novo plano estratégico para dez anos que tenha em conta a «concorrência mundial acrescida, que restabeleça o equilíbrio das finanças públicas e responda ao desafio que constitui o envelhecimento da população».
Assim, do que já conhecemos da tradução prática destas afirmações contidas no programa da presidência sueca, o que pretendem é aprofundar as políticas neoliberais, através de novos ataques aos direitos sociais e laborais.
Mesmo sem saberem ainda qual o desfecho do novo referendo da Irlanda sobre o projecto de tratado de Lisboa, o qual, provavelmente, se realizará em 2 de Outubro, os líderes da União Europeia consideram que a chantagem sobre o povo irlandês é suficiente para garantir a sua mudança de voto, para possibilitar a ratificação do tratado que ressuscita a dita constituição europeia, e para avançarem na destruição de serviços públicos, na redução de direitos sociais, incluindo nas áreas da segurança social, saúde, água, protecção social e dos direitos dos trabalhadores, não sendo difícil adivinhar que se perspectivam novas propostas de directivas que tentem retomar linhas de propostas que foram rejeitadas na anterior legislatura.
O que os líderes da União Europeia e os grupos económicos e financeiros pretendem é fazer reverter a seu favor a crise que se vive, e de que são os principais responsáveis, criando condições para uma maior exploração de quem trabalha e dos micro, pequenos e médios empresários, e alargando as suas áreas de negócio e lucro para sectores que deveriam ser públicos, dado envolverem serviços básicos fundamentais para o combate à pobreza e para a melhoria da qualidade de vida das populações, como são as áreas da saúde, segurança social, água, educação e formação, justiça, transportes, energia e crédito.
Preparar a resistência
É escandaloso que as questões da pobreza, do desemprego e das desigualdades sociais não lhes mereçam uma atenção especial. É inadmissível que a criação do emprego com direitos e a inclusão social não sejam a primeira prioridade das políticas que deveriam ser adoptadas de imediato.
Por isso, reafirmamos a nossa particular atenção ao desenrolar dos acontecimentos no Parlamento Europeu, e o nosso empenhamento na luta pelos direitos sociais e laborais e na defesa da ruptura com as políticas que os líderes comunitários teimam em prosseguir. Podem contar com os deputados do PCP no Parlamento Europeu para as novas lutas que se avizinham.
Mas já se conhece o programa de trabalho da nova presidência sueca do Conselho da União Europeia, cujo mandato se iniciou no passado dia 1 de Julho e se prolonga até ao final do ano. Este programa constitui uma peça perigosa do aprofundamento das políticas neoliberais, reflectindo uma autêntica fuga para a frente dos líderes do capitalismo na União Europeia, esquecendo que as suas políticas são a principal causa da crise económica e social que estamos a viver.
Um programa anti-social
Nesse programa assumem particular destaque as políticas da livre concorrência nas mais diversas áreas, incluindo nos serviços, no comércio externo, na tentativa de alargar a dita «Estratégia de Lisboa» às relações externas, para pressionar países terceiros a desmantelar os seus serviços públicos, abrindo caminho à entrada das multinacionais europeias em áreas de negócio fácil e lucrativo, como a água e a saúde, em qualquer parte do mundo.
Aí se afirma que «os mercados de trabalho que funcionam bem, com sistemas modernos de protecção social, facilitam a reconversão das empresas e dos particulares», clarificando que pretendem um novo plano estratégico para dez anos que tenha em conta a «concorrência mundial acrescida, que restabeleça o equilíbrio das finanças públicas e responda ao desafio que constitui o envelhecimento da população».
Assim, do que já conhecemos da tradução prática destas afirmações contidas no programa da presidência sueca, o que pretendem é aprofundar as políticas neoliberais, através de novos ataques aos direitos sociais e laborais.
Mesmo sem saberem ainda qual o desfecho do novo referendo da Irlanda sobre o projecto de tratado de Lisboa, o qual, provavelmente, se realizará em 2 de Outubro, os líderes da União Europeia consideram que a chantagem sobre o povo irlandês é suficiente para garantir a sua mudança de voto, para possibilitar a ratificação do tratado que ressuscita a dita constituição europeia, e para avançarem na destruição de serviços públicos, na redução de direitos sociais, incluindo nas áreas da segurança social, saúde, água, protecção social e dos direitos dos trabalhadores, não sendo difícil adivinhar que se perspectivam novas propostas de directivas que tentem retomar linhas de propostas que foram rejeitadas na anterior legislatura.
O que os líderes da União Europeia e os grupos económicos e financeiros pretendem é fazer reverter a seu favor a crise que se vive, e de que são os principais responsáveis, criando condições para uma maior exploração de quem trabalha e dos micro, pequenos e médios empresários, e alargando as suas áreas de negócio e lucro para sectores que deveriam ser públicos, dado envolverem serviços básicos fundamentais para o combate à pobreza e para a melhoria da qualidade de vida das populações, como são as áreas da saúde, segurança social, água, educação e formação, justiça, transportes, energia e crédito.
Preparar a resistência
É escandaloso que as questões da pobreza, do desemprego e das desigualdades sociais não lhes mereçam uma atenção especial. É inadmissível que a criação do emprego com direitos e a inclusão social não sejam a primeira prioridade das políticas que deveriam ser adoptadas de imediato.
Por isso, reafirmamos a nossa particular atenção ao desenrolar dos acontecimentos no Parlamento Europeu, e o nosso empenhamento na luta pelos direitos sociais e laborais e na defesa da ruptura com as políticas que os líderes comunitários teimam em prosseguir. Podem contar com os deputados do PCP no Parlamento Europeu para as novas lutas que se avizinham.